A construção da escola municipal de Santana, aguardada há mais de uma década pelos moradores da região e de Santa Olímpia, volta a aparecer entre as promessas do prefeito Helinho Zanatta (PSD). O projeto está incluído na proposta orçamentária de 2026, apresentada nesta quarta-feira (5) durante audiência pública convocada pela Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara Municipal, que discutiu os projetos de lei 330/2025 (Lei Orçamentária Anual – LOA) e 342/2025 (revisão da Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO).
A nova previsão surge depois de a Prefeitura ter anulado, em setembro deste ano, a licitação aberta pela gestão anterior para a construção da unidade. O cancelamento gerou forte repercussão negativa, especialmente entre moradores e lideranças comunitárias que aguardam o equipamento público há mais de dez anos. À época, a administração alegou necessidade de “readequações técnicas” no projeto e prometeu relançar a licitação — o que ainda não ocorreu.
Agora, com a inclusão dos valores no Orçamento, a Prefeitura tenta retomar a iniciativa. A secretária municipal de Finanças, Karla Pelizzaro, afirmou que há R$ 14 milhões reservados no orçamento da Educação — metade para a educação infantil e metade para o ensino fundamental — destinados à construção da escola. Segundo ela, “a licitação anterior foi cancelada porque o projeto não estava adequado e apresentava um valor muito superior ao necessário”.
A secretária municipal de Educação, Juliana Vicentin, também comentou o tema durante a audiência. “O projeto precisou passar novamente por adequações técnicas, como o lactário, que não tinha separação entre o fogão e o espaço de alimentação, e um portão de acesso à quadra que não estava previsto. O prefeito tentou buscar recursos federais, mas a morosidade seria grande, e ele decidiu autorizar as obras com recursos municipais”, disse.
A previsão de recursos para 2026 ocorre no contexto da revisão das diretrizes orçamentárias, motivada por mudanças nos parâmetros econômicos utilizados pela Prefeitura. A proposta de LOA para o próximo ano estima R$ 3,6 bilhões em receitas e despesas, considerando inflação de 4,28% e crescimento de 1,8% do PIB.
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