O réu Marcelo Maciel é julgado nesta quarta-feira (6), no salão do júri do Fórum de Piracicaba, acusado de matar sua companheira, Laise Vieira de Andrade, em um caso que envolve indícios de feminicídio e extrema violência. O crime ocorreu em novembro de 2021, em um hotel da cidade, e chocou familiares, amigos e autoridades pela brutalidade relatada nas investigações.

Segundo a denúncia do Ministério Público, Marcelo é acusado de homicídio qualificado com quatro agravantes — motivo torpe, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio — além do crime de tortura. De acordo com o processo, o réu teria agido com violência extrema: Laise foi encontrada morta com um saco plástico na cabeça, sinais de esganadura e uma garrafa enfiada na boca. A vítima apresentava ainda diversas lesões, conforme atestado no laudo necroscópico.

O relacionamento entre Marcelo e Laise, de acordo com testemunhas, era marcado por episódios de ciúmes, ameaças e agressões. Havia inclusive medida protetiva expedida em favor da vítima, posteriormente retirada.

O crime ocorreu dentro de um quarto do Hotel Antonio’s. Imagens e depoimentos indicam que o acusado saiu do local sozinho, alegando que a companheira não estava bem e precisava descansar. Cerca de 30 minutos depois, a polícia foi acionada e o corpo de Laise foi encontrado por funcionários do hotel. A cena indicava sinais de luta.

O réu, que estava foragido logo após o crime, apresentou-se a um advogado, a quem teria confessado o homicídio. Desde então, segue preso preventivamente.

Marcelo responde pelos crimes descritos no artigo 121, §2º, incisos I, III, IV e VI, c/c §2º-A, inciso I, do Código Penal (homicídio qualificado), combinado com o artigo 1º, inciso II, da Lei nº 9.455/97 (tortura).

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Divulgação - Hotel onde o feminicídio foi cometido, em Piracicaba

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